Trabalhos de Campo – XVII SIMPURB
No dia 15 de Novembro de 2022 serão realizados os Trabalhos de Campo do XVII SIMPURB. As inscrições nos Trabalhos de Campo serão feitas pela plataforma SISGEENCO, entre os dias 13 de outubro e 13 de novembro, e a programação de cada um deles poderá ser conferida logo abaixo.
Para os campos em que não há cobrança de valores, é necessária apenas a inscrição na plataforma SISGEENCO, até o dia 13/11, para a garantia da vaga. Para os demais campos, a inscrição será efetivada após o pagamento da taxa dentro do referido prazo.
Para dúvidas e/ou demais informações sobre os campos, entre em contato com a organização do evento por e-mail ou diretamente com os responsáveis pela atividade. No total, serão cinco opções de campo, conforme listados a seguir:
1. A construção e o registro da paisagem: caminhadas e fotografias
2. AfroCuritiba: memórias racializadas na criação e recriação simbólica do espaço urbano
3. Diferentes faces da metrópole
4. Territórios em disputa pelo direito à moradia na metrópole de Curitiba
5. Redes de colaboração solidária e lutas sociais: da produção da fome como projeto às possibilidades de resistência na relação campo-cidade
1. A construção e o registro da paisagem: caminhadas e fotografias
Duração prevista: 4 horas
SaÃda: 08:30
Ponto de partida: Praça Santos Andrade, prédio histórico da UFPR
Vagas: mÃnimo 5 e máximo 30 pessoas
Responsáveis: Rodrigo Guissoni, André Gustavo Nunes, Ewerton Lemos Gomes, Beatriz Tavares, Eduarda Pagnussat e Marcos Torres (LATECRE- UFPR)
Ementa:
Pensar a cidade a partir da paisagem implica refletir sobre as percepções e experiências espaciais das pessoas. Esta oficina oportunizará a vivência coletiva da cidade de Curitiba por meio de caminhadas, tendo a produção fotográfica como aliada no registro das experiências que irão compor a paisagem da cidade para cada participante. Ao final da caminhada, todas e todos serão convidados à uma cafeteria onde, além de poderem entrar em contato com diferentes tipos e preparos de café, poderão compartilhar percepções sobre o campo e seus registros.
Observação: a ida ao café será opcional e cada pessoa ficará responsável pelo que consumir.
2. AfroCuritiba: memórias racializadas na criação e recriação simbólica do espaço urbano
Duração prevista: 2 horas e 30 minutos
SaÃda: 9:30
Ponto de partida: RuÃnas de São Francisco (Av. Jaime Reis, S/N – São Francisco)
Vagas: mÃnimo 20 e máximo 60 pessoas.
Observação: caso o campo não atinja o mÃnimo de pessoas, ele não será realizado e deverá haver um remanejamento das/os inscritas/os para outros campos.
Responsável: Profa. Dra. Joseli Maria Nunes Mendonça – Departamento de História UFPR, Coordenadora do Projeto de Extensão AfroCuritiba: passeios pela história e memória da presença negra na cidade
Ementa:
O campo consiste em mediação dialogada em espaços da região central de Curitiba, com objetivo de problematizar a memória oficial constituÃda sobre a cidade que, ao vincular a identidade local à imigração europeia, excluiu dela a presença e a importância da população negra.
É uma ação vinculada ao projeto de Extensão AfroCuritiba: passeios pela história e memória da presença negra na cidade.
3. Diferentes faces da metrópole
Duração prevista: 9 horas
SaÃda: 8:30 | Retorno: 17:30
Ponto de partida: Reitoria (UFPR)
Vagas: máximo de 40 pessoas
Responsáveis: Professoras Olga Firkowski (Programa de Pós-Graduação em Geografia-UFPR) e PatrÃcia Baliski (IFPR – União da Vitória)
Locais: Fazenda Rio Grande e Curitiba (CIC e Ecoville)
Valor: R$ 50,00 (a ser revertido em alimentação/almoço)Â
O depósito deverá ser feito via Pix ou transferência bancária para a conta de Lucas Ponte Mesquita (monitor do campo e membro da Comissão Organizadora do XVII SIMPURB Curitiba) e o comprovante de pagamento/transferência deverá ser enviado no e-mail oficial do evento (simpurb2021@gmail.com) com o assunto ‘Trabalho de Campo 3’.
Dados: Lucas Ponte Mesquita | Chave Pix: 41988320303
Ementa:
Este trabalho de campo tem como objetivo evidenciar alguns processos responsáveis pela conformação da metrópole de Curitiba, dando destaque à produção do espaço pela moradia (popular e de alta renda) e por meio da atividade industrial.
Prevê a visita a locais em que seja possÃvel reconhecer e evidenciar a materialização de processos constitutivos da metrópole e suas consequências para o cotidiano da população. Serão visitados alguns locais nos municÃpios de Fazenda Rio Grande e Curitiba, em especial o bairro Gralha Azul em Fazenda Rio Grande e os empreendimentos de moradia popular formal, além da Cidade Industrial em Curitiba e do local conhecido como Ecoville, destinado a moradias de alta renda.
4. Territórios em disputa pelo direito à moradia na metrópole de Curitiba
Duração prevista: 8 horas
SaÃda: 9:00 | Retorno: 17:00
Ponto de partida: Reitoria (UFPR)
Vagas: máximo de 20 pessoas
Local: Ocupação Nova Esperança (Campo Magro)
Valor: R$ 30,00 (a ser revertido em alimentação/almoço)
O depósito deverá ser feito via Pix ou transferência bancária para a conta de Marcelo Caetano Andreoli (Professor responsável pelo campo) e o comprovante de pagamento/transferência deverá ser enviado no e-mail oficial do evento (simpurb2021@gmail.com) com o assunto ‘Trabalho de Campo 4’.
Dados: Marcelo Caetano Andreoli | Chave Pix: marcelocandreoli@gmail.com

Responsáveis: Professor Marcelo Caetano Andreoli e Professora Madianita Nunes da Silva (Curso de Arquitetura e Urbanismo e Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano – UFPR)
Ementa:
A Comunidade Nova Esperança se situa em Campo Magro, municÃpio da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e teve seu inÃcio em maio de 2020, sob organização do Movimento Popular por Moradia (MPM). Se inicialmente a ocupação foi realizada por cerca de quatrocentas pessoas, hoje são mais de mil e quinhentas famÃlias residentes no local reivindicando moradia digna. Seu crescimento acelerado aponta para o aprofundamento dos problemas resultantes da insuficiência das polÃticas habitacionais na Região Metropolitana de Curitiba.
Aproveitando-se das infraestruturas públicas da antiga Fazenda Solidariedade, o MPM pretende construir um exemplo para outras ocupações, aliando moradia e produção, por meio de uma economia popular. Muito embora a fragilidade do solo cárstico seja um impeditivo para o adensamento da área, são reconhecidas as experiências de conscientização e proteção ambiental.
Ao longo da visita se buscará discutir as polÃticas habitacionais para a metrópole de Curitiba; as relações urbano-rural, decorrentes da localização em que se insere a ocupação; a organização da ocupação e das formas de habitar, sobretudo a partir da relação entre movimentos sociais – MPM e MST.
5. Redes de colaboração solidária e lutas sociais: da produção da fome como projeto às possibilidades de resistência na relação campo-cidade
Duração prevista: 10 horas
SaÃda: 07:30 | Retorno: 18:00
Ponto de partida: Reitoria (UFPR)
Vagas: máximo de 20 pessoas
Locais: Paranaguá, Pré-assentamento José Lutzemberger (Antonina) e Cefuria (Curitiba)
Responsáveis: Kaue Avanzi, Kauan Lunardon, Marcos Pereira e Marcieleh Lemos Rodrigues
Valor: R$ 30,00 (a ser revertido em alimentação/almoço)
O depósito deverá ser feito via Pix ou transferência bancária para a conta de Kauan Lunardon (responsável pelo campo) e o comprovante de pagamento/transferência deverá ser enviado no e-mail oficial do evento (simpurb2021@gmail.com) com o assunto ‘Trabalho de Campo 5’.

Dados: Kauan Lunardon | Chave Pix: 41991629231
Ementa:
Durante a pandemia de Covid-19, com o agravamento da desigualdade social, observou-se um aumento drástico da fome, levado à cabo pela inflação dos alimentos e de outros custos básicos. Ao mesmo tempo, as exportações de comodities agrÃcolas bateram recordes de lucro. Como um paÃs com terras altamente produtivas convive com 33 milhões de pessoas em insegurança alimentar? Para responder essa pergunta, um dos caminhos pode ser encarar os espaços produzidos e produtores da fome, isto é, encará-la enquanto uma problemática intrinsecamente inserida na relação campo-cidade.
Nesse duro e trágico cenário diversas cozinhas comunitárias se apresentaram como ação emergencial em combate à epidemia de fome conjunta à crise sanitária. Algumas dessas experiências demonstraram uma potência organizativa que foi capaz de ir além da simples reação emergencial e se consolidaram, nesses quase três anos de atividade, em ações concretas de resistência popular de intuito emancipatório. Para nós, o coletivo mais didático para compreender este processo é o Marmitas da Terra, que desde o inÃcio de suas atividades, em Abril de 2020, já produziu e distribuiu mais de 150.000 marmitas nas praças, ruas e “quebradas†de Curitiba e Região Metropolitana, com insumos e ingredientes, também oriundos da produção coletiva através do modelo agroecológico.
Assim, esse trabalho de campo visa investigar que tipo de urbanização é produzida pelo modelo agroexportador e questionar como esse modelo produz a fome dentro dos espaços urbanos, mas também contemplar experiências contra-hegemônicas de combate à fome, levadas à cabo por movimentos sociais. Para isso, propõe-se o contato com um dos maiores pontos de escoamento de grãos do paÃs, o Porto de Paranaguá e em seguida uma visita ao Pré-Assentamento José Lutzemberg, em Antonina, referência de produção agroflorestal no Paraná. Por fim, junto à visita da cozinha coletiva do Marmitas da Terra, visa-se produzir um contato, ainda que pontual, com as possibilidades de organização popular de combate a fome dentro da cidade.